segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não se prenda...


Outro dia recebi um email que me fez refletir...
“Era sobre um Mestre e seu discípulo que caminhavam em silêncio. Ao chegarem à beira de um rio, notaram que uma mulher gostaria de atravessá-lo, mas não conseguia sozinha. Imediatamente, o Mestre a tomou nos braços e a carregou até o outro lado da margem. Soltou-a e continuou sua caminhada, tendo ao seu lado o discípulo que o acompanhava.
No final do dia, o discípulo não aguentou e falou:
- Mestre, preciso desabafar! O senhor cometeu um gesto que contradiz as regras. Sabemos que não podemos tocar uma mulher e o senhor não só tocou uma como a carregou até a outra margem do rio... Como poderei confiar no senhor novamente se a regra não foi cumprida?
O Mestre, surpreso, respondeu:
- Do que você está falando?!?
E ao olhar para o semblante angustiado do discípulo, rindo-se, lembrou em voz alta:
- Ah! Da mulher que deixei lá atrás, no rio... Você ainda a está carregando?!?
Daí, tirei duas lições: a primeira é que as regras são ótimas, desde que não esmaguem nosso coração. O Mestre fez o que sentiu que era certo fazer naquele momento – ajudar alguém que precisava dele! As regras?!? Ora... que regra pode ser mais importante que um sentimento bom?
A segunda é que, muitas vezes, assim como o discípulo, ficamos apegados a algo que já foi... Que já acabou, que já passou... E esse “peso morto” vai machucando nossos pensamentos, contaminando nossos sentimentos, envenenando nosso coração e nos induzindo a palavras e atitudes insanas, que só nos fazem mal; que servem, sobretudo, para nos fazer patinar e patinar sem sair do lugar... Espalhando lama para todos os lados e sujando tudo ao nosso redor!
Pois bem! Seja lá o que for esse “peso morto” na sua vida – especialmente uma relação que se acabou, uma amizade que teve fim, uma situação que você não esperava, uma palavra dura que feriu seu coração – solte, desapegue, deixe ir embora... Abra seu coração e sinta sair de dentro de você às culpas, os erros, as regras não cumpridas, o que fez sem querer fazer, e o que não fez querendo fazer... Enfim, tudo que já não serve mais, que acabou, que já foi!
E de agora em diante, que o passado seja apenas aprendizado; experiências que tornam você mais amadurecido, menos iludido, mais autêntico, menos dolorido. E com seu coração esvaziado da lama que o fazia patinar, você possa enxergar o que ‘é’ e o que poderá ‘ser’. Afinal, é exatamente para nos lembrar desta possibilidade que nosso Deus nos deu um presente que ‘separa’ o dia de ontem do dia de amanhã: A NOITE – prenúncio de uma nova chance!”
Boa noite a todos! Que amanhã seja um belo dia e um lindo recomeço!!!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Boas lembranças...


Hoje eu ví um amigo... desses que seu coração se alegra só de saber que ele existe... Um amigo que me faz lembrar quem eu sou, e me faz querer ser melhor. Um amigo que me lembra o "céu"... E que me faz lembrar de outros varios amigos...

Eitaaaa, que saudade!!!

"Há um ANJO aqui que intercede por ti.
Trago um pedaço do céu num olhar pra te dar...
Há um ANJO aqui bem pertinho de ti.
Basta acreditar SOU TEU ANJO aqui."



Aos amigos do EJC!!! Hoje, lembrei de voces, e orei a Deus pela vida de cada um...  Bjoss

"Quanto tempo faz
Eu já nem me lembro mais
Só deitava em seu colo
E me sentia mais capaz...
Quanta estrada foi
Que andamos nessa vida
De abraços e encontros
De chegadas e partidas...
Amigo a gente guarda
Mesmo que haja falhas
Quando Deus constrói um laço
O amor jamais se acaba.

Eu te trago em meu peito
Por amor e por direito
Mesmo que você jamais
Saiba o preço desse amor.
Eu sinto a sua falta
Não é tarde pra dizer
Que eu preciso de você!!!"



Ainda sobre "O Pequeno Príncipe"...



Capítulo XXI do Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços…"
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra…
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor… cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele…
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa…
- Eu sou responsável pela minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Quando a vida decepciona, qual é a soluçao?"

"... Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar... Para achar a solução... continue a nadar, nadar, nadar..."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Não tente nos entender. Apenas nos ame!


Sou do tipo de pessoa que quando gosto de um filme ou de um livro assisto e leio o mesmo varias vezes... Quando era criança, li “O Pequeno Príncipe” e me apaixonei. Já reli varias vezes e não me canso. Fico indignada quando encontro alguém que me diz nunca ter lido esse livro. Até hoje não encontrei um livro infantil que discutisse tão bem os problemas da vida adulta como este...  Por isso indico. Leiam, é simplesmente maravilhoso.
Por que estou falando sobre o livro? Primeiro, porque é um livro que eu adoro, segundo, porque ultimamente a frase que mais tenho ouvido é; “Quem consegue te entender?” E a verdade é que nem eu mesma me entendo!?!... Mas já dizem a tempos que as mulheres são complicadas e difíceis de entender... O que me torna complicada ao quadrado, uma por ser EU e outra por ser mulher. Mas vou partilhar um texto de Rosana Braga, que eu adorei por falar um pouquinho de nós mulheres e principalmente por citar uma das partes mais lindas do livro.
“Nos entender pra que? Desistam desta idéia. Não nos entendam, não tentem traduzir nossas contradições ou fazer contas pra saber se hoje estaremos ou não de bom-humor.
Mulher deseja ser amada e não ser entendida. Deseja ter a sensação de que, dentre tantas outras, é única. Creio que o autor que mais se aproximou da alma feminina tenha sido Saint Exupéry, talvez despretensiosamente, enquanto escrevia O Pequeno Príncipe.

Quem já leu, certamente vai se lembrar da rosa, tal qual um coração de mulher...

- Ah! Eu acabo de despertar. Desculpa. Estou ainda toda despenteada.
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
- Como és bonita!
- Não é? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo em que o sol...
- O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!
- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim?...

E a convivência entre eles foi intrigando o Pequeno Príncipe:
É bem complicada essa flor... Pensava ele.
Mas quando saiu de seu Planeta em busca de respostas sobre a vida e o amor, um dia confessou ao amigo, na Terra:
- Não a devia ter escutado. Não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar seu perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. ... Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava e me iluminava... Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar.
Depois de se decepcionar por descobrir tantas rosas iguais àquela que deixara em seu planeta, acreditando ser a única em todo o Universo, ele aprendeu sobre cativar: se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol.
E mais do que aprender a amá-la, ele aprendeu que uma flor, assim como uma mulher, pode ser única, ainda que existam milhares iguais a ela. E, então, diante de um jardim, amou enfim a sua flor:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém... Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que matei as larvas. Foi a ela que escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
Por isso, não leve tão a sério o que dizemos. Mais do que nossas queixas e complicações, é o que fazemos que nos torna merecedoras do seu amor...”

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amizade


Hoje, senti saudade de alguns amigos que há tempos não vejo. Essa saudade me fez lembrar um dos mais lindos textos sobre a amizade, do brilhante Vinícius de Moraes.

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários.
De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.”

* * *

É verdade que conheço muitas pessoas, mas “amigo” mesmo são poucos…
Nunca fui de querer pra mim colegas, amigos apenas de bar, de balada, de bebedeiras, de ponto de ônibus, porta de faculdade...  Sempre acreditei na constância dos sentimentos verdadeiros, em amizades sinceras.  Então, de que me adiantaria ter amigos apenas nos bons momentos, enquanto estivesse bem, com bom humor, grana no bolso, participando de alguma festa, jogando o tempo fora, etc? Não quer dizer que eu não me dedique a pessoas que conheço ou conheci em tais lugares, mas é que na maioria das vezes essas mesmas pessoas nem sempre estão lá à procura de verdadeiros amigos. Algumas delas, nem sempre reconhecem um bom amigo...
Tenho pessoas que admiro, respeito e adooooro... Pessoas que conheci em bares, amigos de amigos meus, que conquistaram meu coração e encantaram minha alma... Irmãos e irmãs de amigos e amigas minhas que se fizeram tão especiais quanto às amizades que já existiam. Pessoas que conversei por algumas horas apenas, mas que despertaram um sentimento verdadeiro em mim.
Como no texto de Vinicius;

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.”

E tem dias, que o fato de alguns deles não perceberem isso, faz meu coração ficar apertaaaado...  Me questiono, por que não sabem? Por que não reconhecem? Talvez pelo fato de eu não viver lembrando o quanto gosto deles, será que não estou adubando muito bem minhas amizades? Ou simplesmente o fato de ter conhecido alguns deles em situações meio superficiais fazem com que não consigam entender o quanto me cativaram...  A alguns deles tento manter mais contato, mando e-mail, um telefonema de vez em quando, uma mensagem, Orkut, MSN, Facebook, procuro não me esquecer dos aniversários... Outros, apenas trago em meu coração, em minhas orações, pois se lhes dissessem o quanto são especiais para mim não acreditariam. Queria ser mais presente na vida dos meus amigos, na vida das pessoas que considero.
“A verdade é que nunca um tema me remeteu tanto à frase “Só sei que nada sei”, de Sócrates, quanto à amizade. Se me perguntarem hoje quantos são os meus verdadeiros amigos, apenas direi: não sei. Entretanto, sei muito bem as pessoas que considero como amigas, as pessoas pelas quais tenho amizade, as que quero muito bem. Haja o que houver sempre estarei ao lado delas quando precisarem ou não, porque quero ser para sempre, para todas as horas, boas e ruins. Isso eu sei.”


Então, se tenho amigos verdadeiros, que estarão ao meu lado sempre, não sei, e acho que só o tempo me dirá. De qualquer forma, continuarei fazendo o melhor que posso para me tornar presente na vida dos que quero bem. Por que amo a vida de cada um desses amigos... E tenho aprendido que amor é isso, não esperar pela iniciativa do outro, é decidir tomar a dianteira, é ofertar sem esperar nada em troca. Quando isso acontece, a amizade e o amor fluem e crescem.  
Hoje nessa minha saudade eu aproveito para dizer; Obrigada amigos, por existirem em minha vida!


Bjos

terça-feira, 3 de maio de 2011

GENTE QUE EU GOSTO...



Antes de mais nada gosto de gente que vibra,
que não é necessário empurrar,
que não se tem que dizer que faça as coisas
e que sabe o que tem que ser feito
e o faz em menos tempo que o esperado.


Gosto de gente com capacidade de medir as consequências de suas ações.
Gente que não deixa as soluções para a sorte decidir.
Gosto de gente exigente com seu pessoal e consigo mesma,
mas que não perde de vista que somos humanos
e que podemo-nos equivocar.


Gosto de gente que pensa que o trabalho em equipe entre amigos
produz às vezes mais que os caóticos esforços individuais.
Gosto de gente que sabe da importância da alegria.
Gosto de gente sincera e franca,
capaz de opor-se com argumentos serenos e racionais às decisões de seus superiores.


Gosto de gente de critério,
que não sente vergonha de reconhecer
que não conhece algo ou que se enganou.
Gosto de gente que ao aceitar seus erros,
se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los.


Gosto de gente capaz de criticar-me construtivamente e sem rodeios:
a essas pessoas as chamo de meus amigos.
Gosto de gente fiel, persistente e que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideais.
Gosto de gente que trabalha para lograr bons resultados.
Com gente como essa, me comprometo a tudo,
já que por ter esta gente ao meu lado me dou por satisfeito.

Mário Benedetti


* * *


Acrescentando e parafraseando...

“Gosto de gente que é honesta de verdade, e não apenas porque está sob olhos alheios.
Gosto de gente confiável, com quem eu possa contar.
Gosto de gente bonita; não a beleza puramente estética, mas aquela que irradia de dentro para fora, que faz o sorriso brilhar e o olhar reconfortar quem tá perto.
Gosto de gente de verdade, transparente, que não se esconde atrás de máscaras sociais,
que é o que é, onde quer que esteja.
Gosto de gente sem frescuras, sem falsos pudores, sem hipocrisia.
Gosto de gente segura de si.
Gosto de gente de personalidade forte, admiro gente que tem coragem para enfrentar o mundo, mas que sabe reconhecer seus erros e “dar o braço a torcer”.
Afinal, humildade é a chave que abre todas as portas.
Gosto de gente simples, que não deixa o poder “subir à cabeça”; gente que sabe respeitar seus iguais e principalmente seus subordinados.
Gosto de gente líder, não de gente chefe.
Gosto de gente que tá perto, que se faz presente mesmo estando longe, gente que faz de tudo para (romper as barreiras geográficas da vida)  ter tempo para quem diz amar.
Gosto de gente que seja muito, que ame muito, porque não me contento com pouco.
Gosto de gente realmente companheira, parceira, porque apenas os títulos não me satisfazem.
Gosto de gente que ama, que ri, que chora, que é feliz da vida, mas que tem seus dias de mau humor, gente que vibra, que sofre, mas não se sente vítima da dor.
Enfim, gosto basicamente de gente como a gente, que apesar dos pesares acredita que viver vale muito a pena.”

Cirilo Veloso Moraes


Ps.: A foto deste post é de uma, das incríveis viagens de uma amiga que eu adoro muito, Roberta Helen.